Em 1961 sob a direcção de Belarmino Soares adopta o nome de "Tuna do Orfeão Universitário do Porto". Em 22 de Março de 1962 no Sarau comemorativo do 50º aniversário do O.U.P. a Tuna reune várias gerações no palco do Coliseu do Porto. Participa em variados espectáculos do O.U.P. e nas suas digressões.
Edita em 1962 um E.P. com os temas "Amores de Estudante", "Clavelitos" e "Suite Académica". Alguns anos depois, sob a regência de Nelson Durão grava um segundo E.P., desta vez incluíndo "O Nosso Encontro", "Adeus Corunha" e "Miscelânea".
"No passado ano e a propósito das comemorações do 50º aniversário do Orfeão Académico do Porto e 25º do Orfeão Universitário, foi novamente recordado [Amores de Estudante]. Executado, durante o Sarau realizado no dia 22 de Março no Coliseu do Porto, por uma Tuna constituida por antigos e actuais elementos, constitui um dos mais altos momentos de saudosa evocação e comunhão de sentimentos entre antigos e actuais orfeonistas e tunos. De tal modo calou fundo o seu significado no coração dos actuais orfeonistas, que a Tuna do O.U.P. decidiu incluí-lo no seu reportório, durante as digressões que efectuou pela Galiza e pela Província de Angola. O acolhimento que o público concedeu foi de modo a ultrapassar as melhores previsões. Na maioria dos espectáculos foi a audição bisada e principalmente em Angola o êxito foi de tal ordem que os orfeonistas se viram assediados por pessoas interessadas em conhecerem a letra já que a música tinha ficado gravada no ouvido e no coração, e as emissoras de rádio das diferentes cidades, por onde passou o Orfeão eram solicitadas a incluir com frequência nos seus programas o Tango "Amores de Estudante", gravação do Sarau do O.U.P. ("Recordando" in Jornal do Orfeão 1963)
"Suite Académica. Era manhã de terça-feira de Carnaval....em 1963.
Porque não tinha gozado a noite de Carnaval anterior, acordei fresco e inspirado. De tal modo que, mesmo em pijama e sem me barbear, me senti impulsionado para o pequeno harmónio de minha casa, de grade significado para mim pois nele aprendi a tocar.
Como num jacto, escrevi a Suite Académica, na forma final em que veio a ser apresentada, pois andou no meu subconsciente durante alguns dias, após o pedido de vários colegas para que perpetuasse numa obra as canções mais cantadas pela Academia na altura. A ultima canção da Suite Académica (Solelumeta) foi mesmo trazida da Angola (Fábrica da Cuca - Nova Lisboa), onde tivemos o gratíssimo prazer de ouvir um magnífico coro de indígenas cantar aquela canção e muitas outras do riquíssimo folclore angolano." (Belarmino Soares)
Fonte: Contracapa do Cd "Um Percurso"